segunda-feira, 21 de abril de 2008

O ponto final: Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e coroação de Guilherme I.


França e Prússia entraram em guerra e 1870 e logo a Prússia mostrou-se preparada o suficiente para encurralar a França em seu próprio território. O forte exército prussiano acumulava vitórias, como ocorreu na esmagadora vitória na batalha de Sedan na qual o próprio imperador francês foi feito prisioneiro.
Napoleão III viu que era inútil sacrificar vários soldados seus, e mandou que hasteassem a bandeira branca, e entregou sua espada, ficando prisioneiro do rei prussiano. Dois dias depois, a república seria proclamada em Paris.
Os prussianos cercavam Paris. Perante esta situação, o governo de Defesa Nacional assinou a rendição. Na paz de Frankfurt a França, para além de paga uma pesada indenização de 5 bilhões de francos para a Prússia e entrega a rica região da Alsácia-Lorena, abundante em carvão, para o novo Império Alemão.
A vitória em Sedan estimulou o nacionalismo no sul da Alemanha e os Estados germânicos ao sul do rio Main entraram na Confederação. A esses Estados, porém, foram garantidas certas autonomias, como, por exemplo, exército próprio em tempo de paz.
Com a integração desses Estados ao novo Reich completou-se a última etapa para a unificação alemã e nasce o II Reich, pois o I reich havia sido fundado por Carlos Magno.


A Guerra Austro-Prussiana (1866)

Napoleão III e Bismarck após a Batalha de Sedan.


Em 1866, a Prússia, com o auxilio da Itália, também sob processo de unificação nacional, entrou em Guerra contra a Áustria. A vitória prussiana veio após a Batalha de Königgrätz, em Sadowa. Foi firmado o acordo de paz em Praga, Com a vitória a Prússia expulsou a Áustria da Alemanha.Logo após Bismarck dividiu a Confederação em dois grupos de Estados; a Confederação do Norte e a do Sul, tendo como limite o rio Main. A Confederação da Alemanha do Norte, ficou sob seu controle, com os países (principados e cidades livres), luteranos, que a apoiaram na Guerra Austro-Prussiana. Os quatro Estados que formavam a Confederação do Sul, majoritariamente católicos, não conseguiram se consolidar em uma unidade. Estes Estados viriam a negociar um pacto com a Confederação da Alemanha do Norte, segundo o qual, em caso de guerra com a França, o rei da Prússia tornar-se-ia general dos exércitos germânicos. A Confederação do Norte é a antecessora do posterior Império Alemão, que precisava de muito pouco para se concretizar: a guerra contra a França.

O processo de unificação




A primeira tentativa de unificação ocorreu durante a primavera dos povos 1848, porém não obteve sucesso. Operários e burgueses foram às ruas pedindo uma constituição que unificasse a Alemanha e que fosse votada através de uma assembléia.

Enquanto isso deputados se reuniram em assembléia e elaboraram a constituição de Frankfurt que foi rejeitada tanto pelo rei da Prússia Frederico Guilermo IV quanto pelo governo austríaco. Assim o movimento acabou perdendo força.

O fracasso da Revolução de 1848, de intuitos unificadores, implicou a continuidade da fragmentação da Alemanha. Por volta de 1850, a Prússia já superava economicamente a Áustria, conquistando em 1862 também a liderança política quando começou a governar a Prussia o rei Guilherme I. Dedicado as questões militares o rei fez uma reforma em suas forças armadas. O exército da Prussia logo se transformou no melhor da Europa.

Um hábil político e diplomata de sucesso, Otto von Bismarck foi nomeado chanceler
. Membro da aristocracia alemã e também favorável a uma monarquia centralizada, Bismarck realizou uma política de aliança dos junkers (grandes proprietários e aristocratas) com a alta burguesia. intensificando a integração dos Estados alemães além de modernizar o exército, sendo isso de grande importância para as batalhas que aconteceriam nos anos seguintes.

Utilizando-se da estratégia de exaltação do espírito nacionalista, criou uma política de guerras contra inimigos externos e contra a ocupação das regiões alemãs, o que auxiliou na expansão do território prussiano e, posteriormente, germânico. Em um período de sete anos (1864- 1871), três guerras de destaque foram decisivas para a unificação dos Estados germânicos: A Guerra dos Ducados (1864), a (Guerra Austro-Prussiana 1866) e a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).

domingo, 20 de abril de 2008

Por que unificar-se?

A Germânia, região aonde viria a ser a maior parte da Alemanha, era constituída por diversos reinos, ducados e cidades que tinham em comum a língua e uma base cultural. Esse território germânico era sempre disputado por duas potencias econômicas a Prússia e a Áustria. Mas o desejo de ver uma Alemanha unificada já existia, por parte de literatos, artistas e intelectuais, porém tal idéia era abominada pela aristocracia tanto prussiana quanto austríaca que temiam perder poder político e econômico.
O objetivo de uma unificação era fortalecer a Germânia, transformando num império, com a união entre duas potencia a Áustria e a Prússia. Com a união dessas forças o futuro império alemão teria condições de competir com igualdade de forças com as outras potências econômicas européias como França e Inglaterra.
Não podemos esquecer que estava em curso nesse momento o neo-colonialismo na África onde França e Inglaterra disputavam colônias. Esse movimento marca também a queda da aristocracia, como classe, e a ascensão burguesa, pois foram os burgueses e operários, juntos, que lideraram o movimento de unificação que tinha como projeto transformar a Alemanha numa potência industrial.
Houve em 1848, aproveitando-se a primavera dos povos, uma tentativa de unificação, contudo não passou de uma tentativa e serviu de experiência. A unificação vai se iniciada e completada por Otto Von Bismark, o chanceler de ferro, o processo inicia-se em 1964 com a guerra dos ducados contra a Dinamarca e finaliza-se em 1871 quando a Prússia vence a guerra contra os franceses na batalha de Sedan.
A comemoração é feita em Versalhes onde é oficialmente lançada a unificação alemã dando inicio ao II Riech unindo todos os estados da federação. A vitoria contra os franceses alimenta o sentimento nacional da população causando uma sensação de união que será de extrema importância para o incipiente império.